Mawaku
Loku ni hoshile nkata
Ni dzivalele hikussa
Namine swengue nihoshekela nkata
Massiku yaku tala
Ninga hanha na wene
Swa ni kazatela ngopfu
Kussala upswanga
Nili mawaku/mawaku
Lava ngani umbilu/mawaku
Nili mawaku/la vazandziwaka
Nili mawakoooo lava tchataka-Joao wate
Tudo na vida é fruto do Amor.
Quem o tirar e olhar em seu redor
Encontra só tristeza e nada mais. – Rui de Noronha
O eterno amor; o eterno drama vivido e cantado por todos, o supersticioso, o devoto, o picante, o fiel, infiel, ingénuo, doce, puro, sujo, imundo, genica, gana vital, companheiro, solitário, doce com requintes de amargo, rio, fogo, água, que se antecipa, esquivo, fugidio, inocente, emaranhado, o amor é, não é.
Neste mês dos amantes o procurei incessantemente e sempre, na lógica do Modaskavalu e usando as lentes dos bons fazedores da música de casa.
Tive problemas, para seleccionar uma canção de consenso, porque, temos exímios fazedores de música de género, desde Feola, Gabriel Chihau, Lalarita, Avelino Mondlane, José Mucavele, Roberto Chitsondzo, Mingas, Fany, Hortencio Langa… mas bom, tinha de escolher um.
João Wate pensei comigo; e a música, foi o Mawaku.
Se é verdade, que o eu lírico dos marongas (muzongas), é o amor, João Wate, com esta música o confirmou e de forma sublime.
Nesta música, João traz uma mensagem do consciente e do inconsciente, fala de um voo com um único rumo: ao amor.
Há aqui, uma espécie de auto superação, de concretização de todo um discurso de amor, mais ainda, de uma humildade, que só se justifica nos marongas, porque, o bendasporo de Gaza, lá na terra onde as árvores, produzem dinheiro e são do mesmo tamanho, lá onde se cai e se levanta num instante, a palavra perdão não existe.
Qualifico aqui, o consciente e inconsciente, porque neste discurso, há uma intenção clara, que é de pedir desculpas, contudo, há outra que diz e denuncia o amor puro de um homem para com uma mulher onde em maiúsculas diz: te amo, por isso não vá, ou melhor não saberia viver sem ti (swa ni kazatela ngopfu kussala uswanga.)
De facto, neste não querer e/ou não conseguir ficar sozinho, há um milagre real, de um homem que abre seu peito para a mulher que a vida nunca o dera tempo para perceber que amava. E a partida, não podia ser o melhor despertar.
“Se eu errei amor me perdoe, porque (errei), não quis que assim fosse, foram muitos anos de vida conjunta que não conseguiria viver sem ti”( loku ni hoshile nkata/ni dzivaleli/hi kussa, namine swengue ni hoshekela nkata/massiku yaku tala/ninga hanha nawene/swani kazatela ngopfu kussala upwsanga.)
Este pedido de perdão, desperta uma espécie de cobiça, onde, João, chama o outro, e o relaciona com a sua situação, insinuando que “felizes dos que perdoam ou tem compaixão (mawaku lavangani umbilu), e outra; felizes os que são amados (mawaku la va zandziwaka).
Na primeira situação “mawaku lavangani umbilu”, João, exorta a mulher a abrir o seu coração ao perdão, porque como já bem o diz”sei que errei mulher”, de que adianta, senão, pelo desejo de sofrer, deixar-me se me podes perdoar.
Destaca ele, os longos anos de vida conjunta, a compartilha, a tolerância, que não pode ir abaixo por um mal entendido.
Na segunda situação, num golpe quase que baixo, e numa tentativa de fazer uma espécie de chantagem psicológica com a mulher, faz como que, cobiçando, os que são amados; como se ele não fosse.
Na verdade, este mawaku, levanta um problema de todos os namorados, porque muitas vezes, olham para a felicidade dos outros como milagre, e nunca em ocasião alguma se auto-questionam porquê o outro é feliz; se admiram, quando o outro casa e não se questionam quantos caminhos sinuosos o outro teve que percorrer até chegar lá, admiram a longevidade do casamento alheio, como se o outro tivesse uma varinha mágica, sem perceberem que a capacidade de perdoar, a tolerância, o companheirismo fazem brotar esta semente que é o amor, porque, como diz o poeta das boas essências e perfumes no cantar, “ a lirhandzo li fana ni nhungue vongo bwala lo missaveni, li mila, li hlovuka…”, pois, o amor é esta semente que se cimenta na capacidade de perceber o outro.
O que João percebeu, e precipitado pela partida, é que, aquela era o amor da sua vida. Percebeu, tal como o poeta dos sonetos, que “tudo na vida é fruto de amor e que quem o tirar e olhar no seu redor encontra só tristeza e nada mais”.
Procurei esta música, para dedicar a todos os amantes, um feliz dia dos namorados, e que esta, seja de reflexão, para a forma como nos relacionamos, como sabemos e somos capazes de perdoar, para o companheirismo, para um esforço conjunto de construção de um verdadeiro lar, para uma família que se quer célula base da sociedade, para que não olhemos e digamos mawaku, como se os outros, tivessem uma fórmula para amar e perdoar.
Costumo dizer a minha mulher que um bom amor perdoa, claro, fazendo referência de ela para mim.
Neste mês, neste ano, todos os dias, amem-se com todo o amor que tem para amar, para que sejam os outros, a dizerem mawaku de vocês.
Loku ni hoshile nkata
Ni dzivalele hikussa
Namine swengue nihoshekela nkata
Massiku yaku tala
Ninga hanha na wene
Swa ni kazatela ngopfu
Kussala upswanga
Nili mawaku/mawaku
Lava ngani umbilu/mawaku
Nili mawaku/la vazandziwaka
Nili mawakoooo lava tchataka-Joao wate
Tudo na vida é fruto do Amor.
Quem o tirar e olhar em seu redor
Encontra só tristeza e nada mais. – Rui de Noronha
O eterno amor; o eterno drama vivido e cantado por todos, o supersticioso, o devoto, o picante, o fiel, infiel, ingénuo, doce, puro, sujo, imundo, genica, gana vital, companheiro, solitário, doce com requintes de amargo, rio, fogo, água, que se antecipa, esquivo, fugidio, inocente, emaranhado, o amor é, não é.
Neste mês dos amantes o procurei incessantemente e sempre, na lógica do Modaskavalu e usando as lentes dos bons fazedores da música de casa.
Tive problemas, para seleccionar uma canção de consenso, porque, temos exímios fazedores de música de género, desde Feola, Gabriel Chihau, Lalarita, Avelino Mondlane, José Mucavele, Roberto Chitsondzo, Mingas, Fany, Hortencio Langa… mas bom, tinha de escolher um.
João Wate pensei comigo; e a música, foi o Mawaku.
Se é verdade, que o eu lírico dos marongas (muzongas), é o amor, João Wate, com esta música o confirmou e de forma sublime.
Nesta música, João traz uma mensagem do consciente e do inconsciente, fala de um voo com um único rumo: ao amor.
Há aqui, uma espécie de auto superação, de concretização de todo um discurso de amor, mais ainda, de uma humildade, que só se justifica nos marongas, porque, o bendasporo de Gaza, lá na terra onde as árvores, produzem dinheiro e são do mesmo tamanho, lá onde se cai e se levanta num instante, a palavra perdão não existe.
Qualifico aqui, o consciente e inconsciente, porque neste discurso, há uma intenção clara, que é de pedir desculpas, contudo, há outra que diz e denuncia o amor puro de um homem para com uma mulher onde em maiúsculas diz: te amo, por isso não vá, ou melhor não saberia viver sem ti (swa ni kazatela ngopfu kussala uswanga.)
De facto, neste não querer e/ou não conseguir ficar sozinho, há um milagre real, de um homem que abre seu peito para a mulher que a vida nunca o dera tempo para perceber que amava. E a partida, não podia ser o melhor despertar.
“Se eu errei amor me perdoe, porque (errei), não quis que assim fosse, foram muitos anos de vida conjunta que não conseguiria viver sem ti”( loku ni hoshile nkata/ni dzivaleli/hi kussa, namine swengue ni hoshekela nkata/massiku yaku tala/ninga hanha nawene/swani kazatela ngopfu kussala upwsanga.)
Este pedido de perdão, desperta uma espécie de cobiça, onde, João, chama o outro, e o relaciona com a sua situação, insinuando que “felizes dos que perdoam ou tem compaixão (mawaku lavangani umbilu), e outra; felizes os que são amados (mawaku la va zandziwaka).
Na primeira situação “mawaku lavangani umbilu”, João, exorta a mulher a abrir o seu coração ao perdão, porque como já bem o diz”sei que errei mulher”, de que adianta, senão, pelo desejo de sofrer, deixar-me se me podes perdoar.
Destaca ele, os longos anos de vida conjunta, a compartilha, a tolerância, que não pode ir abaixo por um mal entendido.
Na segunda situação, num golpe quase que baixo, e numa tentativa de fazer uma espécie de chantagem psicológica com a mulher, faz como que, cobiçando, os que são amados; como se ele não fosse.
Na verdade, este mawaku, levanta um problema de todos os namorados, porque muitas vezes, olham para a felicidade dos outros como milagre, e nunca em ocasião alguma se auto-questionam porquê o outro é feliz; se admiram, quando o outro casa e não se questionam quantos caminhos sinuosos o outro teve que percorrer até chegar lá, admiram a longevidade do casamento alheio, como se o outro tivesse uma varinha mágica, sem perceberem que a capacidade de perdoar, a tolerância, o companheirismo fazem brotar esta semente que é o amor, porque, como diz o poeta das boas essências e perfumes no cantar, “ a lirhandzo li fana ni nhungue vongo bwala lo missaveni, li mila, li hlovuka…”, pois, o amor é esta semente que se cimenta na capacidade de perceber o outro.
O que João percebeu, e precipitado pela partida, é que, aquela era o amor da sua vida. Percebeu, tal como o poeta dos sonetos, que “tudo na vida é fruto de amor e que quem o tirar e olhar no seu redor encontra só tristeza e nada mais”.
Procurei esta música, para dedicar a todos os amantes, um feliz dia dos namorados, e que esta, seja de reflexão, para a forma como nos relacionamos, como sabemos e somos capazes de perdoar, para o companheirismo, para um esforço conjunto de construção de um verdadeiro lar, para uma família que se quer célula base da sociedade, para que não olhemos e digamos mawaku, como se os outros, tivessem uma fórmula para amar e perdoar.
Costumo dizer a minha mulher que um bom amor perdoa, claro, fazendo referência de ela para mim.
Neste mês, neste ano, todos os dias, amem-se com todo o amor que tem para amar, para que sejam os outros, a dizerem mawaku de vocês.
P.S. Há muito que explorar nesta música, muito mesmo, eu, oportunista que sou, pensei na data que se aproxima….
Hoje, vou fazer a cobertura do espectaculo do Roberto Isaias no Gil e segunda feira, aqui, neste canto, esta marcado o encontro