quinta-feira, 26 de março de 2009

Impacto da Urbanização sobre as Práticas Musicais




Nota: O que se segue, é um trabalho, efectuado por um grupo de estudantes do Curso Superior de Música da Escola de Comunicação e Artes da Universidade Eduardo Mondlane e me foi entregue pela mão de Horténcio Langa (o poeta das boas essências), um dos integrantes deste grupo, denominado “Grupo 3”

E não estranhem que assim seja, porque um dos compromissos do Modaskavalu, quanto que Blog de música, é de trazer reflexões de diversos pensadores sejam eles estrangeiros ou moçambicanos, sobre a nossa música, matéria que se sabe, pouco explorada.

O amigo leitor, vai perceber que o texto é um bocado longo, mas não se preocupe, porque de uma escrita ágil e de um tema que é actual.

Não mexi nada no trabalho de forma a manter a sua fidelidade. Este texto inaugura uma outra fase do Modaskavalu, que se pretende de comparticipação, de envolvência, de troca de informações, de busca de fontes sobre a nossa música.

Deliciem-se e acima de tudo, comentem, para que os fazedores desses estudos, sintam que não fazem nenhuma travessia de deserto.

O resto, o texto vai falar por si
Modaskavalu



Impacto da Urbanização sobre as Práticas Musicais


Abstracto

Este trabalho foi efectuado por uma equipa de estudantes do 1o ano do Curso Superior de Música da Escola de Comunicação e Artes da Universidade Eduardo Mondlane, com o objectivo de ser apresentado em seminário no contexto da semana intercalar do calendário académico.
Ele visa, sobretudo, lançar uma luz sobre as questões referentes ao fenómeno da urbanização e sua influência sobre as práticas musicais tendo como exemplos os casos ocorridos nas cidades de Maputo, Beira e Pemba, sem deixar, contudo, de referir os casos de outros países estudados por cientistas das mais diversas áreas de estudo do comportamento das sociedades.
Ele teve como base fontes bibliográficas existentes. Lamentavelmente, no caso do estudo da música moçambicana, várias foram as dificuldades encontradas, devido à escassez de fontes.
Com este trabalho o grupo pretende:



 Lançar uma luz sobre as questões referentes ao fenómeno da urbanização e sua influência sobre as práticas musicais;
 Fazer uma reflexão sobre as características da urbanização, suas causas e efeitos na cultura e comportamento social;




1. Introdução

A urbanização é um fenómeno cuja compreensão nos remete à época da formação das primeiras sociedades sedentárias e na definição de respectivos caracteres identitários como a raça, o parentesco, as afinidades religiosas e culturais, formas de produção, interesses comuns, partilha, etc…

A descoberta pelos navegadores europeus do chamado Novo Mundo, nos meados Séc. XIV, ditou o estabelecimento de rotas marítimas, criando condições para trocas comerciais e tráfico de escravos bem como para uma movimentação migratória de pessoas dos diversos continentes, de diferentes culturas, crenças e estratos sociais, em busca de oportunidades nos territórios recém-descobertos. Assim, os grandes aglomerados populacionais eram constituidos por distintos micro-grupos étnicos, com as respectivas identidades e práticas culturais. Como consequência, a urbanização no novo Mundo deu-se de forma sui generis, particularmente pela mistura e sedimentação de valores culturais que, posteriormente, viriam a caracterizar, entre outros, o meio musical urbano destas novas sociedades.

Falar da urbanização hoje implica falar da história da humanidade, da formação das cidades criadas em consequência do crescimento e movimentação de grupos humanos. Segundo Bruno Nettl (1930:xx), esta matéria está condicionada a novas disciplinas tais como a antropologia urbana, sociologia urbana e o planeamento urbano. A afirmação se circunscreve no facto de que o ambiente urbano determina a actividade humana e a interacção entre diferentes grupos populacionais em tudo o que diz respeito à sua condição social, cultural, professional, económica etc…

A concentração de pessoas provenientes de diversas etnias e grupos culturais tem como resultado a troca de valores culturais que, por consequência, produzem uma miscigenação cultural.

O presente trabalho cingir-se-á nas seguintes áreas de estudo:

 Estudo da música urbana

 Casos estudados
- Música brasileira;
- O soul music dos EUA;
- A música de Moçambique: Norte, centro e Sul


2. Música urbana

Bruno Nettl no seu artigo Musique Urbaine, refere que o termo música urbana designa a que caracteriza a cultura e correntes musicais das sociedades urbanas. A principal característica das sociedades urbanas é a sua dinâmica que consequentemente influencia as práticas culturais (2005).

Esta interacção cultural resulta na adopção de valores ocidentais ou na manutenção dos géneros tradicionais com mistura dos elementos ocidentais adquiridos. Os processos em que esta interacção ocorre são variados, sobrepõem-se e são facilmente confundíveis. Um desses processos pode ser designado de ocidentalização. Na sua forma simples o conceito é usado para descrever a absorção de elementos ocidentais dentro da música, muitas vezes, em detrimento das características naturais do género… ela consiste na introdução de instrumentos, harmonias e anotação, bem como as tecnologias de gravação e de radiodifusão, o outro consiste na adopção de elementos da cultura ocidental sem, contudo, alterar os elementos essenciais da música tradicional (Nettl, 1930:10).

Muller e dos Reis, (2005) afirmam que a cultura tem como características transformações graduais, diferenciação com a distância de origem e homogeneização com a proximidade social. E questionam, a dado passo, se é possível a preservação dos elementos tradicionais da cultura, apesar dos impactos provocados pela globalização...

2.1. O caso do Brasil

Tomando a Cidade Brasileira do Rio de Janeiro, como exemplo, podemos ver reflectida a presença das culturas: ocidental, através dos colonos portugueses, e a africana, transportada pelos escravos idos do continente negro. Se bem que estas sejam marcantes, é digno de nota que outros povos aportaram a costa do território brasileiro levando consigo suas danças, sistemas musicais, instrumentos, religiões e crenças. Assim, a música brasileira é resultado de um caldeamento de vários sistemas musicais e teve a miscigenação como factor cultural da construção da sua tradição musical, forjando a coesão de elementos constitutivos da sua nacionalidade musical.
Segundo Luiz Otávio Braga, “as crónicas de 1910 sobre Chiquinha Gonzaga já a ela se referiam como personagem de grande importância na evolução da música popular urbana do Brasil”. Outros estudiosos procuram demonstrar a originalidade da música carioca, primeiro, através do samba e no segundo caso, do choro (BRAGA, 1978).

Carlos Sandroni refere que “o samba carioca tem inúmeras variantes, mas uma diferença especialmente importante tem sido sublinhada pelos historiadores do género entre o samba que se fez nos anos 1910 e 1920 e o que foi feito dos anos 1930 em diante. No início do século XX, quem falava de samba no Rio eram sobretudo as pessoas ligadas à comunidade de negros e mestiços emigrados da Baía, que se instalavam nos bairros próximos ao cais do porto, a Saúde, a Praça Onze, a Cidade Nova. Estas pessoas cultivavam muitas tradições da sua terra natal” (SANDRONI, 2004).

2.2. A música nos Estados Unidos da América

Outro exemplo digno de referência é a música Soul, dos estados Unidos da América, que nasceu durante o final dos anos 50 e início dos anos 60 entre os negros norte americanos, cujo desenvolvimento foi acelerado graças a duas tendências: a urbanização do R&B, e a secularização do gospel.

Socialmente a grande audiência de adolescentes brancos que ouvia cópias ou covers brancos do R&B e sucessos do Rock, começou a demandar gravações originais dos artistas negros. Nos fins dos anos 50, este movimento originou uma busca de versões vendáveis da música, por parte dos agentes discográficos.
Durante os anos 60 o soul music era popular entre negros nos Estados Unidos da América, Europa e África. Artistas do chamado Blues, “eyed Soul” (soul branco, músicos brancos que tocavam para plateias brancas).

O blues é um estilo musical vocal e instrumental que evoluiu dos espirituais, cânticos e canções de trabalho afro-americanos e tem a sua raiz estilística na África Ocidental e tem exercido, actualmente, uma grande influência na música popular ocidental, com expressão no ragtime, jazz nas Big bands, Rithm &Blues, rock’n roll, na música country, na música Pop convencional e até na música clássica moderna.

2.3. A música urbana em Moçambique

Por seu turno, em Moçambique um importante factor que favoreceu a mudança de comportamento cultural foi a migração das populações rurais para os centros urbanos bem como para as minas e plantações da República de África do Sul. Aqui, os músicos que antes usavam instrumentos artesanais, substituem-nos por outros de fabrico convencional, como a guitarra acústica, bandolim, concertina e acordeão.

No meio urbano, sob governo colonial, haviam músicos populares, nativos das zonas rurais próximas das cidades, que usavam já instrumentos convencionais, que por serem uriundos do campo, praticavam uma música que se caracterizava pela manutenção do estilo genuinamente tradicional, recorrendo apenas à transposição das harmonias para uma instrumentação moderna, nalguns casos, transferindo células rítmicas dos instrumentos tradicionais, como a mbira e a timbila, para os instrumentos modernos (LANGA, 2002).

Com a introdução de novas tecnologias de comunicação, a música ganhou expansão através da transmissão radiofónica e divulgação discográfica. Como exemplo podemo-nos referir à criação, no ano de 1933, do Grêmio dos Radiófilos, posteriormente transformada em Rádio Clube de Moçambique, cuja função foi bastante relevante na divulgação de gêneros musicais estrangeiros e ainda no registo fonográfico das músicas feitas por músicos locais (LANGA, 2002).

2.3.1. O caso de Maputo

De referir que devido à sua localização a Cidade de Maputo foi a que mais se notabilizou no processo rápido de urbanização cultural e musical, e a que mais influências externas sofreu. A convergência cultural resultante da vinda de povos dos mais variados quadrantes do mundo, bem como a proximidade da República da África do Sul, foram factores que muito contribuíram para o efeito. Importa ainda dizer que os compounds foram um lugar de interecção cultural que favoreceram o florescimento da miscigenação cultural musical.
A baixa da cidade, zona ferro-portuária freqüentada por prostitutas e marinheiros, estivadores e boêmios, representava a vida nocturna e é lá onde se assiste ao surgimento de “... uma classe de músicos profissionais versáteis, habilitados no acompanhamento de conçonetistas e bailados. Aprendendo e adestrando-se com músicos vindos das mais diversas partes do mundo.” ibid

A sungura, vulgarmente denominada xingwerengwe, foi um gênero musical fundamentalmente executado nas zonas suburbanas e rurais, tendo a zonas periurbana e urbana adoptado preferencialmente gêneros de influência latino americanos, norte americanos e europeus tais como o soul music, o baião, o samba, a rumba, apenas para referir alguns exemplos dos vários estilos cuja influência se fez sentir nos meios artísticos moçambicanos.
Hortêncio Langa no seu artigo “desenvolvimento do panorama musical em Moçambique” afirma que as associações culturais e recreativas, bem como os clubes desportivos tiveram um papel extremamente importante na preservação de uma cultura popular isenta, incentivando e promovendo a música, a dança, o teatro e o desporto no seio das colectividades, contribuindo assim (...) para a formação da identidade e consciência nacionalista (2002).



2.3.2. O caso de Pemba

A Cidade de Pemba, na província de Cabo Delgado no Norte do pais, é constituída por quatro principais grupos étnicos, sendo eles Macuas, Macondes, Muani e Màkwe, pode ser tomada como mais um exemplo do processo de urbanização. Aqui, assiste-se à convergência de vários segmentos destas etnias, devido à guerra, a factores climáticos e ainda à atracção exercida pelas actividades económicas (portuária ou pesqueira). Neste seu êxodo para a cidade estes grupos transportaram as características próprias da sua cultura de origem.
O litoral da província de Cabo Delgado é, predominantemente de influência árabe nos usos e costumes e na prática da religião muçulmana. Assim, a interecção entre estas culturas do interland e a cultura de origem árabe e ocidental prevalecentes na cidade, originaram uma fusão cultural. Por exemplo, a dança tufo, que era inicialmente praticada por homens em cerimónias religiosas denominadas “maulide”, festejos do 6º mês do nascimento do profeta, ou no ritual da saída dos jovens dos ritos de iniciação, ou ainda em cerimónias nupciais religiosas “chuo”, passa a ser praticada por ambos os sexos. No período da Luta de Libertação Nacional, e no pós-independência, foi também usada como canção de mobilização popular.

Na zona planáltica de Mueda, encontramos a dança mapico, que em tempos mais recuados o lipico (dançarino) era preparado com antecedência de uma semana após o que voltava a subir ao palco sem o conhecimento de outras pessoas. O lipico era considerado um ser místico vindo das montanhas e só podia ser representado por um homem que tivesse passado pelos ritos de iniciação e com uma coreografia natural. Actualmente, o mapico perdeu o seu significado mítico, chegando até, a sua instrumentação e ritmo a serem integrados em canções e música urbanas e a sua dança a ser praticada por todos.

Em Pemba, a dança niketche, da região sul, é também um exemplo que mostra ter perdido o seu rigor. Os jovens tendem a moderniza-la com acompanhamento de intrumentos de origem ocidental, resultando daí uma autêntica fusão.

2.3.3. O caso da Cidade da Beira

Localizada na província de Sofala, a Cidade da Beira cujas populações são predominantemente das etnias Sena e Ndau que, movidos por factores socio-políticos e económicos, entre outros, viram-se obrigados a abandonar o seu meio rural em busca de melhores condições de vida nas cidades e vilas, levando consigo todo o seu repertório definido por hábitos e costumes característicos do seu meio.
Para uma melhor compreensão daquilo que são os resultados do processo da urbanização, no modo de fazer a arte musical naquela cidade, tomamos como exemplo dois estilos musicais tradicionais: a mandoa praticada pela etnia Ndau e o Utse, pela etnia Sena.

A mandoa é, no seu contexto social, praticada normalmente no mês de Julho depois da colheita. E é caracterizada pelo uso de instrumentos tipicamente tradicionais como a marimba, a gocha, os batuques e apitos, sendo este último o que guia a troca de pares no acto de dança. A indumentária consiste no uso de capulanas por parte dos homens e, das mulheres o uso de qualquer roupa indispensável para dar uma estrutura sólida à dança.
Todo este conjunto de atributos caracteriza a mandoa original da região povoada por esta etnia. Hoje pode-se ouvir na mandoa executada por jovens músicos beirenses, elementos significativos que constituem as bases que sustentam a sua originalidade. Deste modo, sem contudo perder o seu sabor, ela tende a ser requintada, com a substituição dos seus instrumentos artesanais por convencionais, com vista a torna-la mais moderna e capaz de responder as exigências do mundo cultural urbano.
Outro exemplo é a Utse. Esta é tocada e dançada maioritariamente por mulheres jovens. Os homens ficam encarregues do manejo dos instrumentos acompanhantes, (sendo, por vezes, manejados pelas mulheres). A indumentária dos praticantes é constituída por capulanas de chita para as mulheres, e saias de folha de palmeiras ou de bananeiras para os homens. Ela é tocada em grandes celebrações cerimoniais, servindo de suporte ao ritual. Porém, hoje ela é também executada nas zonas urbanas, num contexto social diferente com utilização de instrumentos convencionais, não escapando assim às consequências impostas pelo processo de urbanização.

3. Conclusão

Nos nossos dias, a cidade tornou-se num entreposto de troca de saberes, ideias e padrões comportamentais que sumarizam identidades dentro da aldeia global em que o mundo se transformou, pela utilização de tecnologias avançadas de comunição que permitem estabelecer contactos imediatos e directos com realidades e práticas culturais entre povos e pessoas distantes. Por ser, a cidade, uma unidade populacional caracterizada por um contacto constante e activo entre pessoas de diferentes culturas e estratos sociais, segundo Muller e Reis, (2005) “é possível encontrar influências resultantes destes intercâmbios culturais, que, por vezes, levam ao esquecimento das práticas tradicionais provocando, consequentemente, um progressivo desaparecimento dos aspectos fundamentais dos valores culturais”

Todavia, da bibliografia consultada, e do que é comummente conhecido, o grupo constatou não haver, até hoje, dados evidentes de que povo algum tenha sido sujeito a um processo de assimilação cultural acabado e definitivo, por via da colonização ou por qualquer outra via. Assim, considerando que a cultura não é motivada por factores biológicos e que os seus caracteres identitários são elementos de valor espiritual que determinam no ser humano a predisposição natural de os preservar como tradição, concluiu que o ser humano é, simultâneamente, criador e fiel-depositário da memória colectiva que comporta o seu “Ser” cultural que deve ser transmitida de geração em geração.
Esta constatação do grupo encontra suporte em Jung o qual presume que os elementos estruturantes da psique são motivos míticos “que correspondem a elementos estruturantes colectivos da psique humana em geral e, tal como os elementos morfológicos do corpo humano, são herdadas.” Tais elementos estruturais psíquicos exigem a presunção duma reemergência “autóctone.” (PATAI, 1972).
Se bem que as novas tecnologias sejam instrumentos de difusão massiva de culturas alheias, ou de uma massificação globalizante dessas culturas, por outro lado, são também instrumentos extremamente úteis na recolha, preservação e difusão das culturas que, no espaço e no tempo se manterão como marcos indeléveis da identidade dos povos.








4. Bibliografia


BRAGA, Luís
1910 “Música Urbana no Rio de Janeiro entre 1930 e o final do estado novo”

HACALIZE, Domingos et alii
2005 Canção, dança e instrumentos de música tradicional
Nos Distritos de Búzi, Dondo e Marromeu. Província de Sofala
Casa da Cultura da Beira

LANGA, Hortêncio
2002 “Desenvolvimento do panorama musical em Moçambi
que” Lusografias Imprensa Universitária. pp125 - 132

MULLER E DOS REIS
2005 Revista Ágora - www.fes.br/revistas/agora/ojs/ - Campo Grande, v.1 n.4.Página 1

NETTL, Bruno
2005 “Musique Urbaine” in Musiques: Une encyclopedie
Poor le XXIe siécle. Musiques et cultures (3) 593-611

SANDRONI, Carlos
2003 “Transformação do samba carioca no séc. XX”. Textos do Brasil – Música popular brasileira no 11 pp 78-83

PATAI, Raphael
O Mito e o Homem Moderno, Editora Cultrix, São Paulo p 31







Maputo, 2006-10-04

terça-feira, 24 de março de 2009

Modaskavalu faz hoje 1 ano


Modaskavalu faz hoje 1 ano e seu autor 32 anos
Quando Mahecuane e Fany, gravaram em 1955 a melódica e estonteante música modaskavalu, por sinal nome do Blog, podem tê-lo feito na espontaneidade e neura que lhes caracterizava, mas, o que não podiam calcular, é que, volvidos 54 anos, a música, mantivesse o mesmo sabor e encanto.

De facto, a música modaskavalu recusa-se a decadência em massa da nação cultural, e é este, o espírito do blog, que é de trazer o sentimento de imortalidade dos nossos lídimos sabores musicais, traduzir a voz dos seus fazedores, vasculhando-lhes os sentimentos, o interesse social, a faceta poética, a beleza e estilo da sua composição, dor, alegria, sofrimento; a verdade humana.

Assim, Modaskavalu é uma compensação para as minhas dores. Dores de toda a babel de sonoridades inexpressivas que nos invadem diariamente, na rádio, televisão, na rua e mesmo quando dormimos.

Hoje, o blog, faz hoje 1 ano de vida, idem, para o seu autor, que faz, 32 anos, os dois nascemos no dia 24 de Marco.
Ora, não seria de bom alvitre, que os dois, não viéssemos aqui, neste baile, onde sempre dançamos a boa música com os bons amigos, para juntos festejarmos.

Nesta altura, que o tempo me escasseia e mesmo assim, não pude evitar passar por aqui, para celebrar convosco, meus bons amigos do Modaskavalu, (que quando o tempo, permitir, farei a questão, de trazer o nome de cada), e dizer obrigado, por vocês estarem sempre ai, e sempre dispostos, a darem pouco do vosso precioso tempo para o Modaskavalu.

O meu eterno Khanimambo.