Ximeliana Dzukuta
Ximeliana Dzukuta, Ximeliana Dzukuta/niku patsa ni matega dzukuta/niku tota ni ximate dzukuta. Calada da noite, no areal, a luz do luar, no bairro de caniço, na verdade na Polana Caniço, divertia-me ao som deste e outros cânticos.
Havia sempre uma Ximeliana no meio a quem era dedicado esta música e repare, quanto mais condimentos para patsar a Ximeliana, mais apetecível ficava e aquela, regozijava-se de saber que causava tanta água na boca. Mas se esta canção não dizia em concreto quem era a Ximeliana, fazia-se necessário, procurar uma outra mais especifica, dai que não tardava que cantássemos loko niku dentro Polana, Nikhumbuka Mariza wamina, Shaku leha nhana Mariza, kambe vata teka nanwana (quando chego a Polana, vem-me a mente a minha Mariza, tão altinha, pena que os outros vão levar).
Esta canção, era na verdade, uma declaração de amor em praça pública, onde se esperava toda e quaisquer reacções, porque se a Mariza, não gostasse, ela entrava na roda e cantava o nome de quem era seu escolhido, com o risco de não ser nunca a pessoa que a escolheu.
Não havia, com efeito, pior vergonha que, quando as declarações de intenções divergiam.
Por outro lado, as meninas cantarolavam “a vasati va djoni ava lunganga, vani tekeli nuna wamina” (as sul-africanas não são boas, roubaram-me o marido). Esta canção, era também interessante porque se a rapariga estivesse interessada por um dos rapazes, era só substituir a parte de nuna (marido), pelo nome do seu amado e pimba.
O mais interessante nisto, era a carga melódica que estas canções carregavam, fazendo com que se cantasse por largos espaços de tempo, sem se tornarem enfadonhas, aliás, quanto mais longas, eram mais abrangentes
Outro facto interessante era a declaração de intenções por detrás da canção, isto é, a canção, como veículo transmissor do mais puro sentimento guardado no nosso íntimo. Outrossim; o entendimento destas canções era uma chave possível para uma aprendizagem social.
Hoje, não consigo olhar para trás sem que estas canções e outras me invadam a mente, porque partes de mim. E mais, estas canções desmascaravam as nossas almas, criavam em nós episódios de aproximação, tornavam-nos generosos, cimentavam em nós uma solidariedade instintiva e acima de tudo; socializavam-nos.
Em meia idade, ia ouvindo já executores como fany, Mutcheca, Zeburane, Mahecuane, Xidimingane, Mhula,Chiau….e estes, pareciam recriar com as suas canções aquelas que ouvi na infância, como que de uma reminiscência se tratasse. E hoje, já adulto, recordo a criança em mim com as mesmas músicas e mais, consolido o adulto e tomara que saiba transmitir estas músicas aos meus filhos, e crie neles, o mesmo sentimento que estas criaram em mim: esperança e dignidade.
A todos que acreditam na nossa música e nos seus valores, na possibilidade desta ser um contributo válido para a sociedade, vai uma prece de que o novo ano seja melhor em todos os campos.
Festas felizes a todos e principalmente aos amigos do Modaskavalu e claro, para todas as Ximeliana.
Ximeliana Dzukuta, Ximeliana Dzukuta/niku patsa ni matega dzukuta/niku tota ni ximate dzukuta. Calada da noite, no areal, a luz do luar, no bairro de caniço, na verdade na Polana Caniço, divertia-me ao som deste e outros cânticos.
Havia sempre uma Ximeliana no meio a quem era dedicado esta música e repare, quanto mais condimentos para patsar a Ximeliana, mais apetecível ficava e aquela, regozijava-se de saber que causava tanta água na boca. Mas se esta canção não dizia em concreto quem era a Ximeliana, fazia-se necessário, procurar uma outra mais especifica, dai que não tardava que cantássemos loko niku dentro Polana, Nikhumbuka Mariza wamina, Shaku leha nhana Mariza, kambe vata teka nanwana (quando chego a Polana, vem-me a mente a minha Mariza, tão altinha, pena que os outros vão levar).
Esta canção, era na verdade, uma declaração de amor em praça pública, onde se esperava toda e quaisquer reacções, porque se a Mariza, não gostasse, ela entrava na roda e cantava o nome de quem era seu escolhido, com o risco de não ser nunca a pessoa que a escolheu.
Não havia, com efeito, pior vergonha que, quando as declarações de intenções divergiam.
Por outro lado, as meninas cantarolavam “a vasati va djoni ava lunganga, vani tekeli nuna wamina” (as sul-africanas não são boas, roubaram-me o marido). Esta canção, era também interessante porque se a rapariga estivesse interessada por um dos rapazes, era só substituir a parte de nuna (marido), pelo nome do seu amado e pimba.
O mais interessante nisto, era a carga melódica que estas canções carregavam, fazendo com que se cantasse por largos espaços de tempo, sem se tornarem enfadonhas, aliás, quanto mais longas, eram mais abrangentes
Outro facto interessante era a declaração de intenções por detrás da canção, isto é, a canção, como veículo transmissor do mais puro sentimento guardado no nosso íntimo. Outrossim; o entendimento destas canções era uma chave possível para uma aprendizagem social.
Hoje, não consigo olhar para trás sem que estas canções e outras me invadam a mente, porque partes de mim. E mais, estas canções desmascaravam as nossas almas, criavam em nós episódios de aproximação, tornavam-nos generosos, cimentavam em nós uma solidariedade instintiva e acima de tudo; socializavam-nos.
Em meia idade, ia ouvindo já executores como fany, Mutcheca, Zeburane, Mahecuane, Xidimingane, Mhula,Chiau….e estes, pareciam recriar com as suas canções aquelas que ouvi na infância, como que de uma reminiscência se tratasse. E hoje, já adulto, recordo a criança em mim com as mesmas músicas e mais, consolido o adulto e tomara que saiba transmitir estas músicas aos meus filhos, e crie neles, o mesmo sentimento que estas criaram em mim: esperança e dignidade.
A todos que acreditam na nossa música e nos seus valores, na possibilidade desta ser um contributo válido para a sociedade, vai uma prece de que o novo ano seja melhor em todos os campos.
Festas felizes a todos e principalmente aos amigos do Modaskavalu e claro, para todas as Ximeliana.
4 comentários:
Pois pois amigo, era uma forma bem original de dar uma "paquerada", hoje, acredito que ja nao seja assim.
Boas entradas e tudo de bom em 2009para ti, familia e visitantes do modas!
Meu mano você é maior continua assim vais ver que as boas ideias nunca te faltarão. Boas entradas e boas saídas. A.Chuva
Hehehehhee, eu quero ser ximeliana! Bom ano
mano Chuva, bem vindo a blogsfera, bom mesmo te ver por aqui, ja era sem tempo, vou visitar seu blog e recomenda-lo. boas entradas para si tambem....
Ximibitane, he he he he he he voce 'e Ximeliana sim, duvidas? bom ano para si tambem.
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